A Bolsa fechou em alta expressiva, acima dos 111 mil pontos, puxada por Petrobras (PETR3 e PETR4), setor bancário e Ambev (ABEV3). A estatal foi beneficiada pelo crescimento maior que o esperado da China, os bancos e a empresa do setor de cervejas se recuperaram das perdas recentes.
Os investidores também repercutiram as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que tocou no tema da reforma tributária e arcabouço fiscal.
As ações da Petrobras (PETR3 e PETr4) fechou em alta de 7,03% e 6,15%. Ambev (ABEV3) subiu 5,00% e os bancos encerraram no positivo. A ação da Americanas chegou a operar no positivo boa parte do pregão e terminou em queda de 2,06%.
O principal índice da B3 subiu 2,03%, aos 111.439,12 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro avançou 2,40%, aos 112.600 pontos. O giro financeiro foi de R$ 24,7 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam mistas.
Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital, disse que a Bolsa sobe impulsionada pelas commodities. “Um dos fatores positivos é a reabertura gradativa da China, que aumenta a expectativa por consumo e ocasiona um ajuste nos preços do minério [de ferro] e do petróleo; o setor de bancos também se recuperam, após quedas recentes”.
O sócio-fundador da GT Capital afirmou que no caso da Petrobras, além do fator China, as ações da estatal avançam e ajudam o Ibovespa por conta do “acordo de leniência [com a norte-americana Honeywell] em que a empresa recuperou R$ 456 milhões, entrada de um caixa importante para a companhia”.
Labarthe também ressaltou que o mercado continua de olho nas notícias relacionadas ao novo governo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou a importância do controle de gastos. “O mercado espera que seja finalizado todo o pacote econômico e quer saber como e de onde virão os valores do salário-mínimo”.
Heitor Martins, especialista em renda variável na Nexgen Capital, disse que a Bolsa sobe por commodities e bancos. “Vale e setor de siderurgia e mineração são beneficiadas pela alta do minério de ferro em Cingapura; Petrobras é puxada pelo crescimento na China, que apesar de ser menor em 40 anos veio acima das expectativas e os bancos estão em um movimento de recuperação de sessões anteriores”.
Gustavo Bertotii, economista-chefe da Messem Investimentos, disse que a Bolsa mostra recuperação na sessão de hoje com a China, mas o cenário global e doméstico ainda é desafiador. “O Ibovespa deu uma trégua e a China ajuda com o PIB mostrando melhora e, principalmente, a liberação das fronteiras, isso é positivo para o mundo e para o Brasil”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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