Atualmente, é comum receber ligações alegando a necessidade de confirmação de uma suposta transação financeira. Muitos se passam por representantes de bancos, informando sobre compras de alto valor que precisam de confirmação. Contudo, essa é uma das práticas mais usadas por golpistas para roubar informações e dinheiro das pessoas.
Essas fraudes são altamente elaboradas. Ao atender a ligação e seguir os passos indicados, a vítima acaba, sem saber, realizando uma transação bancária. Além das ligações, fraudadores também utilizam outros meios, como SMS, e-mails e mensagens no WhatsApp, pedindo confirmação de pagamentos e sempre envolvendo valores altos para assustar o cliente.
Como os Golpistas Conseguem seus Dados?
Os golpistas utilizam várias técnicas para parecerem legítimos. Incluem logos de bancos em fotos de perfil no WhatsApp ou colocam o nome do banco no início das mensagens de texto. Durante as ligações, eles podem especializar o identificador de chamadas para mostrar o nome do banco, ou até mesmo clonam números de telefone das instituições reais.
Muitas vezes, os dados das vítimas são acessados através de vazamentos de informações ou pelo roubo de telefones, que oferecem aos criminosos a lista de contatos. Além disso, os dados podem ser postados nas redes sociais ou em outros meios inadvertidamente pelas próprias vítimas.
Quais Medidas Adotar para Evitar Golpes?
Para evitar esses golpes, deve-se sempre suspeitar de ligações inesperadas. Especialistas recomendam que, caso uma ligação alegue a necessidade de confirmação de uma transação, desligue imediatamente e entre em contato com o banco usando os canais oficiais.
Os golpistas tentam induzir a vítima a continuar a conversa, seja clicando em um link ou atendendo à chamada. Para não cair nessa armadilha, sempre desconfie e procure o banco diretamente ao receber qualquer comunicação duvidosa.
O que Fazer se Você Cair em um Golpe?
Se você realizar uma transação e depois perceber que foi vítima de um golpe, é possível reverter a situação. A advogada Maria Inês Dolci, especialista em direito do consumidor, destaca a importância de agir rapidamente. O primeiro passo é contatar o banco imediatamente para informar sobre a fraude e a transação não autorizada.
No caso de pagamentos feitos via Pix, a vítima pode utilizar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central. Deve-se registrar o pedido de devolução na instituição financeira em até 80 dias a partir da data do pagamento. O caso será analisado em até sete dias e, se aprovado, o valor será devolvido em até 96 horas.
Quais são os Protocolos de Segurança dos Bancos?
É fundamental estar ciente das medidas de segurança usadas pelos bancos para se proteger. Abaixo algumas dicas sobre como os principais bancos operam:
- Banco Inter: Nunca solicita informações pessoais como CPF e senha através de ligações. Suspeite de qualquer ligação fora do padrão.
- Nubank: Utiliza as ferramentas “Chamada Verificada” e “Alô Protegido” para validar a chamada.
- Itaú: Alertas sobre transações suspeitas são feitos exclusivamente por canais oficiais e nunca solicitam dados de conta ou saldo.
- Bradesco: A assistente virtual BIA e os funcionários jamais pedem senhas ou informações sigilosas pelo telefone. Notificações de operações suspeitas são realizadas via SMS ou WhatsApp.
- Santander: Não solicita códigos de segurança ou senhas e nunca pede para realizar transferências para cancelar compras não reconhecidas.
- Banco do Brasil: Confirma transações suspeitas, mas não pede dados pessoais ou solicita a instalação de aplicativos.
Como Diferenciar um Golpe de um Contato Real do Banco?
Para proteger-se, sempre lembre que bancos legítimos entram em contato por canais oficiais e nunca solicitam dados pessoais ou senhas via telefone. Em caso de dúvida, acesse o site ou aplicativo oficial do banco e não forneça informações confidenciais durante as ligações.
Os golpes financeiros estão se tornando cada vez mais sofisticados, e a melhor defesa é manter-se informado. Verifique sempre a autenticidade das comunicações e tome precauções antes de realizar qualquer transação financeira.