O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em baixa de 0,48%, aos 134.029,43 pontos, nesta quinta-feira (12). O índice chegou a quinta sessão consecutiva na faixa dos 134 mil pontos.
A queda foi impactada pela saída de capital estrangeiro, que permanece em saída da B3, com retirada líquida de R$ 1,695 bilhão até o momento no mês de setembro. No ano, o saldo negativo é de R$ 28,253 bilhões.
Na semana, o Ibovespa acumula perda de 0,40% e, no mês, a queda é de 1,45%. Com a baixa de hoje, o índice vira para o terreno negativo no ano, com recuo de 0,12%.
Petrobras caí, na contramão do petróleo
O preço do petróleo Brent subiu cerca de 2% devido à passagem do furacão Francine no Golfo do México, que deve impactar a oferta de petróleo na região. Mesmo assim, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) não acompanharam o movimento e caíram 1,17% e 1,13%, respectivamente.
O desempenho reflete a incerteza sobre a demanda global, com a Agência Internacional de Energia (AIE) reportando um crescimento modesto do consumo de petróleo em 2024.
Destaques do Ibovespa
A ação da Vale (VALE3), maior peso no índice, subiu 0,90%, impulsionada pela recuperação do preço do minério de ferro na Ásia, que avançou 2,5% em Cingapura e 4% em Dalian, na China. Mesmo com a alta, os contratos permanecem abaixo de US$ 100 por tonelada, o que ainda preocupa investidores.
No setor financeiro, os grandes bancos fecharam em queda, com perdas de até 1,12% (Banco do Brasil ON). Bradesco PN caiu 0,45%, acompanhando o movimento de baixa no setor.
Entre as maiores altas do dia, ficaram Natura (3,65%), CSN Mineração (3,27%) e Raízen (2,34%). Do outro lado, Brava (-5,06%), Hypera (-3,01%) e CVC (2,67%), ficaram entre os piores desempenhos da sessão.
Expectativa por cortes de juros nos EUA e alta da Selic no Brasil
Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam em alta, com o Nasdaq subindo 1,% e o S&P 500, 0,75%. O mercado aguarda a decisão de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana, com uma redução de 0,25 ponto percentual já precificada pelos investidores.
No Brasil, os investidores continuam monitorando a possibilidade de um novo aumento na Selic, o que poderia pressionar ainda mais setores como o varejo e a construção civil, que já vêm apresentando desempenho defensivo diante da perspectiva de juros elevados.