O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou mais um pregão no vermelho nesta quinta-feira (12), registrando queda de 0,5%. Este é o quinto recuo nos nove primeiros dias de setembro, refletindo a pressão vendedora no mercado, mesmo com dados positivos sobre o volume de vendas no varejo.
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Vendas no varejo surpreendem
As vendas no varejo em julho avançaram 0,6% em relação ao mês anterior, revertendo a queda registrada em junho. O dado superou as expectativas do mercado, indicando que o setor pode estar mais resiliente do que o previsto para o segundo semestre, especialmente se o mercado de trabalho continuar aquecido e o setor de serviços compensar a fraqueza industrial.
Esse cenário é relevante para os investidores, que aguardam sinais de que a economia brasileira será capaz de enfrentar os desafios no curto prazo, principalmente com o retorno gradual da desoneração da folha de pagamento, aprovada pela Câmara dos Deputados. O fim da desoneração deve aumentar a arrecadação do governo a partir de 2024, o que foi comemorado pelo Ministro da Fazenda.
Impactos externos
No cenário internacional, o dia foi positivo para os principais índices de ações nos Estados Unidos, apesar de dados inflacionários contraditórios. O índice de preços ao produtor subiu mais do que o esperado em agosto, mas o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego sugere uma possível desaceleração da economia, o que pode levar o Federal Reserve (FED) a cortar as taxas de juros na próxima reunião.
Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juros em 0,25%, diminuindo a atratividade da região para investidores que buscam maiores retornos, o que pode favorecer alocações em mercados emergentes, como o Brasil.
Vale limita perdas
As ações da mineradora Vale, com grande peso no Ibovespa, subiram e ajudaram a limitar a queda do índice. No câmbio, o dólar seguiu a tendência internacional e recuou 0,5% frente ao real, fechando o dia cotado a R$ 5,62.