A sexta-feira (13) foi marcada pelo otimismo dos investidores, que deixaram de lado qualquer receio relacionado à data e aumentaram as apostas em ativos de risco. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou o dia com alta de 0,65%, atingindo 134.881 pontos, embora sem superar a marca dos 135 mil pontos.
Esse movimento de alta foi influenciado, em parte, pelo desempenho do setor de varejo e da companhia aérea Azul, cujas ações dispararam 22,5%. A Azul obteve esse avanço significativo após notícias indicarem que a empresa está próxima de firmar um novo acordo com arrendadores de aeronaves, o que pode reduzir sua dívida.
Apesar do forte ganho, os papéis da Azul ainda acumulam uma queda de 40% desde agosto, quando surgiram rumores de que a empresa estaria considerando um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
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Queda do PIB e ajuste nas projeções econômicas
O cenário econômico brasileiro também trouxe novidades, com a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de julho, considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto). O índice registrou queda de 0,4% em relação ao mês anterior, indicando uma desaceleração da atividade econômica, embora o resultado tenha sido melhor do que o esperado pelo mercado.
Com base nos novos dados, o Ministério da Fazenda revisou suas projeções para o crescimento do PIB em 2023, elevando a estimativa de 2,5% para 3,2%. No entanto, a inflação também deve subir, com a expectativa de fechar o ano em 4,25%, próximo ao teto da meta estabelecida, que é de 3%.
Dólar em queda e mercado internacional
No mercado cambial, o dólar registrou sua terceira queda consecutiva, recuando 0,9% e fechando cotado a R$ 5,56. O movimento de desvalorização da moeda americana reflete a tendência observada nos mercados globais, onde os principais índices de ações dos Estados Unidos também fecharam em alta. O Dow Jones subiu 0,7%, o Nasdaq avançou 0,65% e o S&P 500 ganhou 0,55%.
Expectativas para a próxima semana
A próxima semana promete ser agitada, com decisões de política monetária esperadas em várias economias importantes. Na quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (banco central dos EUA) devem anunciar suas decisões sobre a taxa de juros. A expectativa é de que esses eventos tragam maior volatilidade aos mercados financeiros. No dia seguinte, o Banco da Inglaterra se reúne, e na sexta-feira, é a vez do Banco do Japão.