O dólar fechou esta “super quarta” (18) em queda de 0,48%, cotado a R$ 5,46, completando uma sequência de seis quedas consecutivas.
A decisão do Federal Reserve (Fed) de cortar a taxa básica de juros em 50 pontos-base, para o intervalo entre 4,75% e 5% ao ano, impulsionou a desvalorização da moeda americana no Brasil e no exterior.
Anúncio do Fed derruba dólar
O corte de juros anunciado pelo Fed fez com que o índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas globais, atingisse a mínima de 100,215 pontos, o menor patamar desde julho de 2023. No mercado doméstico, o dólar chegando a tocar R$ 5,4130.
O movimento de queda ganhou força com a sinalização do Fed de que há “maior confiança” na trajetória de queda da inflação rumo à meta de 2% ao ano. O Comitê de Política Monetária americano (Fomc) afirmou que os riscos para o pleno emprego e a estabilidade de preços estão “equilibrados”.
Powell esfria euforia
Contudo, durante a coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, alertou que o corte de juros atual não deve ser interpretado como o início de uma sequência rápida e agressiva de reduções. Powell reforçou que a política monetária americana será ajustada conforme os próximos dados econômicos, esfriando a euforia inicial do mercado.
Com essa postura mais cautelosa, o índice DXY desacelerou suas perdas e encerrou o dia em leve alta, na casa dos 101,100 pontos. No Brasil, o dólar reduziu o ritmo de queda e fechou cotado a R$ 5,4617, uma desvalorização de 0,48%, marcando o menor valor de fechamento desde 19 de agosto.
Copom decide Selic hoje
O foco dos investidores se volta para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que ocorre ainda hoje, na “super quarta”. A expectativa é de que o Copom eleve a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, com o objetivo de combater a inflação.