O novo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, confirmou que está estudando acabar com as dívidas do empréstimo consignado do Auxílio Brasil.
Até o final de novembro, foram mais de 3.484.354 beneficiários que assinaram o empréstimo, uma média de 1 a cada 6 auxiliados.
Wellington Dias confirmou ao Estadão que o governo não pretende manter essa dívida.
“Tem uma proposta de anistia para os endividados. Certamente, esses são endividados”, afirmou.
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A pasta pretende também mudar o modelo do Auxílio Brasil, que já irá voltar a se chamar Bolsa Família, mas ainda faltam negociações com a Caixa, banco que sediou o programa social.
O empréstimo já tinha sido criticado pela equipe de Lula. O relatório final da sua equipe de Transição aponta que dados do Ministério da Cidadania informam que R$ 9,5 bilhões de empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) foram concedidos nas vésperas da eleição.
“A Caixa o fez sem respeitar a lei das estatais, com taxas de juros exorbitantes, nenhum dos grandes bancos do país aderiram ao programa dado seu risco, o que foi viabilizado por medida provisória, convertida na Lei 14.431/2022. Assim, um a cada seis beneficiários do Auxílio Brasil contraiu o empréstimo consignado. Essas pessoas terão até 40% do valor de seu benefício comprometido, mesmo que não permaneçam no programa”, diz o relatório final.
A Transição considerou a medida “claramente eleitoreira”, e avalia que ela vai “na contramão das políticas de proteção social, colocando em risco benefícios futuros.”
Imagem: Marcello Casal jr/Agência Brasil