As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) passaram a operar em alta após fala do vice-presidente Geraldo Alckmin em cerimônia de posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em seu pronunciamento, Alckmin afirmou que a reindustrialização é essencial para o desenvolvimento sustentável e deve ser retomada sob o prisma da justiça social.
Para Fernando Franklin, diretor da Amaril Franklin, a fala gera alguma apreensão por rememorar os últimos governos petistas.
Quando o Governo é o foco da reindustrialização, e não o privado, isso significa mais gasto público e os juros sobem, disse. Se eles conseguirem fazer isso de forma competitiva, ótimo, mas não é o que o histórico aponta, prosseguiu o diretor.
Após operar lateralizada, a Bolsa dispara alta impulsionada pelas ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), que avançavam 1,74% e 3,08% com declarações, segundo fontes do mercado financeiro, de que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, vai respeitar a paridade de preços do mercado internacional. Às 13h12 (horário de Brasília), o principal índice da B3 subia 1,15%, aos 105.366,65 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro tinha alta de 1,62%, aos 106.705 pontos. O giro financeiro de R$ 10,5 bilhões. Em Nova York, as bolsas operavam em alta.
O dólar segue misto. As incertezas fiscais continuam como protagonistas do cenário doméstico, impactando diretamente o câmbio e mantendo a aversão ao risco. Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “a maioria das falas são negativas, e não sabemos até agora o que realmente será feito. Existe um ambiente de incertezas fiscais. No geral, o que se espera é que a trajetória dívida/PIB ao menos fique estável, neutra”. Weigt observa que desde o anúncio da equipe econômica, em dezembro, o real desvalorizou 7% ante cesta de moedas emergentes correlatas à brasileira
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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