Na sessão de hoje (7), os juros futuros encerraram próximos à estabilidade, com tendência de alta em contratos principais. Este movimento foi marcado por taxas oscilando em torno dos níveis anteriores, num cenário de liquidez moderada. O mercado permaneceu em compasso de espera pela divulgação dos dados do payroll americano, agendada para amanhã (8). A agenda de indicadores locais não trouxe destaques, e não houve avanços fiscais esperados, como a questão da subvenção da ICMS.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 teve uma leve alteração, passando de 10,319% para 10,320%. Já o DI para janeiro de 2026 permaneceu estável em 9,97%. Outros contratos, como o DI para janeiro de 2027, encerraram com taxa de 10,08% (antes 10,07%), e o DI para janeiro de 2029 finalizou em 10,52% (anteriormente 10,50%).
Mercado em compasso de espera e expectativas
O mercado de juros sentiu a falta de referências para direcionar as taxas, especialmente devido à expectativa pelo relatório de emprego nos EUA. As oscilações das taxas dos Treasuries foram contidas, assim como a falta de definição no mercado de petróleo. Esse cenário levou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, a resumir: “O mercado operou sem convicção”.
Perspectivas e projeções
A pesquisa do Projeções Broadcast indica uma previsão de criação de vagas nos EUA abaixo de 200 mil, com uma mediana de 198 mil postos. A taxa de desemprego é projetada em 3,9%. Os ativos refletem a expectativa de um alívio total de 125 pontos-base na taxa de juros americana em 2024, com o ciclo iniciando em março.
Expectativas do Federal Reserve e reflexos nos ativos
Economistas apontam que, mesmo que o payroll confirme dados anteriores, há uma precificação excessiva de cortes. Espera-se que o Federal Reserve, seja por meio de comunicado ou na entrevista de Jerome Powell na próxima semana, corrija essa trajetória dos ativos.
Impacto da pauta discal na curva de juros
A especulação sobre a taxa de juros nos EUA neutralizou, na visão de Rostagno, o impacto do impasse fiscal no Congresso. Contudo, se houver um ajuste externo, as preocupações locais devem voltar a ter peso.
Com informações do Broadcast
Imagem: Piqsels