O Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse hoje, em entrevista à Globo News, apontou as medidas que serão adotadas no curto prazo para apresentar ao presidente Lula.
“Já tomamos medidas antes de assumir. Desde a negociação da PEC da Transição até a revogação de algumas renúncias fiscais são pontos que fazem parte do projeto que o ministro da Fazenda Fernando Haddad de que não vamos aceitar o déficit o déficit orçamentário que está programado para 2023, da ordem de R$ 230 bilhões”, disse.
“Existem dois pilares básicos para enfrentarmos isso. De arrancada, rever essas renúncias fiscais que foram feitas durante o período da eleição e entender o que faz sentido do ponto de vista técnico. Esse já é um primeiro ponto para aumentarmos a arrecadação. Há um plano de curtíssimo prazo que é para tentar ver o que é possível rever de renúncia e o que é possível de rever de qualidade de gasto”, prosseguiu.
Segundo ele, no médio e longo prazo, entram desde a reforma tributária até o novo arcabouço fiscal, além de ver “como a gente consegue alavancar investimentos, com parcerias públicos privadas além de outros tipos de investimentos”.
Galípolo reforçou que previsibilidade e segurança são essenciais para o mercado financeiro e destacou que o Ministério tem sido transparente sobre cada objetivo a ser alcançado. O secretário garantiu, sem citar prazo, que o plano de voo de curto prazo será apresentado o quando antes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O secretário assegurou que há um bom diálogo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para coordenar em conjunto as políticas monetária e fiscal. Segundo ele, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério tem como objetivo garantir que este funcione de forma estritamente técnica.
Sobre a futura política de preços para os combustíveis, Galípolo disse que ainda não há projeto do Ministério sobre isso e que o assunto será discutido com a direção da Petrobras. Mas ele lembrou que a direção ainda nem tomou posse. Para finalizar, o secretário considerou “vergonhoso ainda estarmos discutindo política de renda para a população se alimentar”.
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