O dólar recuou 1,31%, cotado a R$ 5,46, nesta terça-feira (24), após dois dias consecutivos de alta. O movimento seguiu a desvalorização global da moeda americana e foi impulsionado pelo avanço das commodities, especialmente do minério de ferro, em resposta ao pacote de estímulos da China.
Real ganha força com estímulos chineses
O Banco Central da China anunciou um pacote de estímulos agressivo, incluindo a redução da taxa de depósito compulsório em 50 pontos-base, liberando mais de 1 trilhão de yuans (US$ 142 bilhões) no sistema financeiro.
A medida teve impacto direto nas commodities, com o minério de ferro subindo mais de 4% na Bolsa de Dailan, impulsionando as ações da Vale, que avançaram quase 5%.
Essa valorização das commodities também deu força ao real, que, junto ao peso chileno, teve um dos melhores desempenhos entre moedas de países emergentes.
Segundo analistas, a recuperação dos preços das commodities, somada à diferença entre os juros internos e externos, pode continuar fortalecendo o real nos próximos dias.
Copom mantém incertezas sobre alta dos juros
A ata do Copom divulgada pela manhã não trouxe novidades em relação ao comunicado anterior, que anunciou uma elevação da taxa Selic para 10,75%.
O Comitê de Política Monetária manteve o discurso de que os próximos passos dependerão da dinâmica da inflação. O Copom evitou dar sinalizações claras sobre o ritmo e a magnitude das próximas altas de juros, gerando cautela no mercado.
Índice DXY
O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, também caiu, alimentando especulações de que o Federal Reserve (Fed) pode realizar um novo corte de juros de 50 pontos-base.