O dólar fechou esta quarta-feira (25) com uma leve alta de 0,24%, cotado a R$ 5,47. A valorização ocorreu em linha com o comportamento do mercado externo, onde a moeda americana ganhou força frente às principais divisas emergentes.
O movimento é resultado de ajustes realizados pelos investidores após a forte apreciação das moedas emergentes no dia anterior, impulsionada pelo anúncio de um pacote de estímulos econômicos na China.
Além disso, o dólar se fortaleceu por conta da agenda econômica dos Estados Unidos promete influenciar ainda mais os mercados. Amanhã, será divulgada a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, enquanto na sexta-feira (27), sairá o índice de preços de gastos com consumo (PCE).
IPCA-15 surpreende abaixo do esperado
No Brasil, o IPCA-15 de setembro, índice que antecipa a inflação oficial, desacelerou para 0,13%, abaixo das expectativas do mercado, que projetava 0,18%. O resultado mais brando do IPCA-15 reforça a percepção de que o cenário inflacionário está sob controle, especialmente no setor de serviços.
Apesar disso, investidores seguem apostando em uma alta de 0,50 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em novembro.
Minério de ferro sobe, petróleo recua
No campo das commodities, o minério de ferro registrou mais um dia de alta, enquanto o petróleo caiu mais de 2%, refletindo a incerteza em torno dos estímulos econômicos chineses.
Em entrevista ao Broadcast, Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, disse que o mercado ainda tem dúvidas sobre o impacto real das medidas anunciadas pela China, o que pode manter a pressão sobre o real, visto que o Brasil é grande exportador de commodities.
Índice DXY
O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas fortes, operou em alta, atingindo 100,991 pontos. Entre as moedas emergentes, o real teve perdas mais brandas, comparado ao peso mexicano e colombiano, que registraram quedas superiores a 1%.