O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem à sua frente um Brasil muito mais desafiador do que quando foi presidente pela primeira vez, afirma a revista The Economist, principal publicação sobre economia do mundo. Para a publicação, os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro foram “desastrosos”.
Em sua tradicional publicação de fim de ano, na qual traça possíveis cenários para o período seguinte, a revista classifica Bolsonaro como “um populista de extrema direita, que devastou a floresta tropical e tratou a pandemia como uma ‘gripezinha'”.
A saída do atual presidente, diz a Economist, colocará o Brasil de volta no cenário mundial na luta contra a mudança climática e nos esforços para estabelecer a paz e a democracia na América Latina e talvez, mais importante, na vizinha Venezuela.
Lula, agora, tem a missão de cumprir suas promessas de campanha, como expandir os programas de distribuição de renda, perdoar dívidas e lançar um grande programa de infraestrutura. Mas se seu governo seguir em frente com planos de substituir um teto de gastos por uma regra fiscal mais flexível, ele terá que convencer os mercados de que não planeja faça uma farra de gastos, alerta a revista. Caso contrário, as taxas de juros dispararão e a moeda sofrerá.
Imagem: Montagem própria, com Agência Brasil e PT