O senador Jean Paul Prates (PT), indicado pelo presidente eleitor Luiz Inácio Lula da Silva para presidir a Petrobras, falou, nesta sexta-feira (30) sobre a necessidade de preparar a empresa para a transição energética global.
A substituição progressiva das matrizes mais poluentes, como petróleo e carvão, por energia de fontes renováveis ou com baixa emissão de carbono, pesa no futuro da estatal.
Em sua conta no Twitter, Prates confirmou ter sido escolhido por Lula e afirmou: “Precisamos pensar no futuro e investir na transição energética para atender às necessidades do país, do planeta e da sociedade, além dos interesses de longo prazo de seus acionistas”.
A gigante petroleira tem, de acordo com Prates, um papel estruturante na economia do país.
Em relação ao início do ano, os papéis da Petrobras (PETR4) acumulam queda de mais de 15%. Desde que Lula foi eleito no segundo turno (30 de outubro), as ações caíram 17%.
Uma das preocupações apontadas pelo mercado diz respeito à política de preços da petroleira. Atualmente, ela segue os preços internacionais para definir o valor cobrado pelo petróleo no Brasil, o que, simplificando, acaba por encarecer o combustível aqui, mas gera bons lucros para a empresa e seus acionistas.
O senador ainda não se manifestou sobre o assunto depois de sua indicação, mas o PT já se posicionou a favor de uma mudança nessa política de paridade internacional (PPI).
Em entrevista antes das eleições, Prates fez diversas críticas ao modelo de gestão adotado na Petrobras desde o governo Temer e mantido na gestão de Jair Bolsonaro, e defendeu que o PPI seja revisto no governo de Lula.
Imagem: Divulgação/Lula – Ricardo Stuckert Filho