A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu um comunicado nesta semana alertando sobre uma nova prática de golpistas que utilizam o Pix para realizar seus crimes.
Uma das principais aplicações do golpe, segundo a Febraban, é pelo uso do MED (Mecanismo Especial de Devolução), do Banco Central (BC), criado justamente para facilitar a devolução de dinheiro em caso de fraude.
Os golpes têm se tornado mais sofisticados ao longo do tempo, e entender como eles funcionam pode ser a chave para evitar cair em armadilhas. Neste artigo, vamos explorar em detalhes como essa nova modalidade de golpe é realizada, como se proteger e o que fazer caso seja vítima dessa fraude.
Como Acontece o Golpe?

Segundo a Febraban, os golpistas obtêm o número de celular, que muitas vezes é usado como chave Pix. O acesso ao dado ocorre, geralmente, por meio de cadastros feitos na internet ou em informações exibidas nas redes sociais. Com o número de celular da vítima, os golpistas então fazem uma transferência via Pix.
Golpistas Ligam Para a Vítima: O Próximo Passo
Depois de realizar a transferência, os golpistas ligam para a vítima informando que fizeram um Pix errado e, por isso, precisam do estorno do valor. Assim, a vítima é conduzida a devolver o dinheiro para uma chave Pix diferente da que saiu a transferência original.
Por Que a Vítima Acaba Parecendo o Golpista?
Quando o cidadão faz a transação do dinheiro para uma terceira conta, o bandido aciona o MED, dizendo que foi vítima de fraude. A questão é que, quando o sistema analisa o caso, entende que a sequência de transações descrita é típica de golpe. No entanto, quem parece o golpista para o MED é, na realidade, a vítima.
Isso acontece porque o MED retira o dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada e o criminoso fica com o dobro do valor inicialmente enviado. Ou seja, ele recebe o dinheiro que a vítima inicialmente “devolveu” para a terceira conta, e o dinheiro que o MED retira do saldo quando identifica o golpe.
Como se Proteger?
A Federação indica que, se o cidadão receber um pedido de estorno via Pix, deve sempre fazer a transação para a conta original de onde veio o valor. Para isso, é preciso entrar na área Pix do aplicativo do banco e acessar a parte de extratos. Lá é possível clicar em “devolver”. Isso garante que o dinheiro será estornado diretamente para a conta que originalmente fez o Pix.
Ou seja, a principal recomendação é nunca fazer a devolução para uma chave Pix nova, diferente da conta de origem. Caso tenha qualquer dúvida sobre um suposto recebimento errado de dinheiro via Pix, é válido ligar para o seu banco e constatar o ocorrido.
Prevenção: Cuidados Com Dados Pessoais
Além de seguir as recomendações acima, é importante redobrar o cuidado com a exposição de dados pessoais em redes sociais. Essa é uma postura importante para evitar que criminosos tenham acesso a informações como o número de celular pessoal.
- Evite compartilhar publicamente seu número de celular.
- Verifique a segurança dos sites onde faz cadastros.
- Desconfie sempre de solicitações de estorno de valores não esperados.
Essas são medidas básicas, mas essenciais, para garantir que suas informações pessoais não sejam utilizadas de maneira fraudulenta.
O Que Fazer ao Receber Uma Ligação do Banco?
Se você receber uma ligação do banco solicitando qualquer tipo de devolução ou estorno, siga as seguintes recomendações:
- Confirme a identidade do atendente.
- Desconfie de solicitações urgentes ou que demandem pressa.
- Verifique diretamente no aplicativo do seu banco antes de qualquer ação.
Lembrando que a prevenção é a melhor maneira de evitar esses golpes. Esteja sempre atento e informe-se sobre novas modalidades de fraudes para proteger seu dinheiro e seus dados.