O ouro encerrou o terceiro trimestre como o ativo mais valorizado no período, com rentabilidade de 13,22%, seguido pelo Índice de Dividendos (IDIV), que registrou alta de 7,93%. As informações foram compiladas por um estudo exclusivo da consultoria Elos Ayta.
O Ibovespa totalizou um crescimento de 6,38%, completando a lista das três aplicações mais rentáveis do período. Entre os índices avaliados pela consultoria, apenas dois fecharam o trimestre no vermelho: o dólar Ptax, que recuou 1,99%, e o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), com queda de 1,24%.
Ouro e bitcoin se destacam em setembro
Em um trimestre de regularidade, o ouro ocupou novamente a primeira posição no ranking de valorização, com alta de 4,80% em setembro, seguido pelo Bitcoin, que valorizou 3,69%, e pelo Índice de Fundos Multimercados (IHFA), com 0,97%.
Por outro lado, o índice de Small Caps foi a aplicação com o pior desempenho do mês, com queda de 4,41%, seguido pelo dólar Ptax (-3,68%) e pelo Ibovespa (-3,08%).
Bitcoin lidera valorizações no ano e em 12 meses
No acumulado de 2024 até setembro, o Bitcoin lidera as valorizações, com alta expressiva de 68,44%. O índice de BDRs aparece na segunda posição, com ganhos de 41,96%, seguido pelo ouro, que acumula valorização de 27,85% no ano.
Já as Small Caps registraram a maior queda no período, com recuo de 13,67%, seguidas pelo Ibovespa, com perda de 1,77%, e pelo IFIX, que fechou o período praticamente estável, com queda de 0,16%.
Nos últimos 12 meses até setembro, o Bitcoin lidera com folga, com 156,59% de valorização. O índice de BDRs segue com 52,98%, enquanto o ouro completa o pódio com 41,94%.
O Ibovespa apresentou crescimento de 13,08% no período, ocupando a sexta posição no ranking. No entanto, o índice de Small Caps foi o único a apresentar desempenho negativo nos últimos 12 meses, com queda de 3,75%.
Ativos de risco brilham no ano
O ano tem sido marcado pela volatilidade nas aplicações, com ativos de maior risco, como o Bitcoin, apresentando retornos acima da média, enquanto ativos de renda variável mais tradicionais, como o índice de Small Caps, enfrentam dificuldades.
Segundo análise do CEO da Elos Ayta, Einar Rivero, o destaque contínuo do ouro, tanto no terceiro trimestre quanto no acumulado do ano, reflete a busca por segurança em um ambiente de incerteza global, onde questões econômicas e geopolíticas influenciam fortemente o mercado.
“Além da alta do ouro, a forte valorização dos BDRs, que representam empresas estrangeiras, reflete a busca dos investidores por diversificação e exposição a mercados globais”, completa Rivero.
Para ele, o desempenho fraco das Small Caps e do IFIX, por outro lado, sinaliza uma cautela dos investidores em relação a ativos de menor liquidez e maior risco doméstico.