Na noite desta quarta-feira (6/12), a Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou o projeto que autoriza a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) com expressiva maioria, com 62 votos a favor e 1 contrário. O texto agora seguindo para a sanção do governador Tarcísio de Freitas. Analistas da XP e do BTG Pactual destacam o significativo potencial de valorização das ações da empresa (#SBSP3), hoje negociadas na casa dos R$ 68. As duas casas prevêem que o papel deve chegar a R$ 80.
Segundo o BTG Pactual, a Sabesp apresenta ineficiências como empresa estatal, refletidas em seus indicadores. Com a privatização, eles projetam um novo preço-alvo de R$ 80, considerando melhorias operacionais sob a gestão do novo CEO André Salcedo, ex-BNDES e Iguá.
A XP, por sua vez, enfatiza o calendário apertado da privatização, dividido em fases. A “Fase 1” envolve regulação, governança e aprovações políticas, e a “Fase 2”, prevista até meados de 2024, culminará na privatização. Além da privatização, a XP destaca o plano de reestruturação da Sabesp, incluindo programas de demissão voluntária e iniciativas para redução de custos.
Ambas as análises concordam que a privatização pode impulsionar a Sabesp a apresentar resultados operacionais sólidos, seguindo o exemplo de outras estatais. No entanto, alertam para possíveis desafios, como judicialização pós-proposta e impactos das eleições municipais em São Paulo.
Investidores precisam estar atentos às movimentações da Sabesp, uma empresa de saneamento estatal que atende 371 municípios, fornecendo água para 25,1 milhões e coletando esgoto de 21,7 milhões de pessoas. Com uma extensa rede de 73,4 mil km de tubulações, a empresa entra em um novo capítulo com a aprovação da privatização.
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