As ações da Braskem (#BRKM5) voltam a cair mais de 2% nesta terça-feira (5). Com isso, a empresa já perdeu R$ 2 bilhões em valor de mercado nesta semana, com a volta dos afundamentos em Maceió.
A ameaça iminente de colapso e desabamento da Mina 18, localizada na região do Mutange, em Maceió. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) comunicou que impôs uma multa superior a R$ 72 milhões à Braskem, devido aos danos ambientais causados pela empresa.
Além disso, na data de hoje, a Bolsa de Valores brasileira, B3, anunciou a exclusão das ações da Braskem do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), com vigência a partir da próxima sexta-feira (08).
Afundamento de Mina 18 chega a quase 2 metros
O mais recente relatório da Defesa Civil de Maceió revela que a taxa de afundamento da Mina 18 da Braskem na cidade voltou a aumentar e ficou em 1,86 metro, após uma breve redução nos últimos dias. De acordo com o órgão, a região agora apresenta uma taxa de afundamento de 0,27 cm por hora, o que é 0,01 cm a mais do que o registrado no relatório divulgado na noite desta segunda-feira (04).
Em contraponto, a Braskem disse, em comunicado publicado ontem, que a velocidade de acomodação do solo no entorno da mina 18 estava diminuindo nos últimos dias. “No entanto, todas as medidas de prevenção e segurança das pessoas devem ser respeitadas. As áreas de serviço da Braskem em torno da mina 18 continuam isoladas, e o monitoramento feito 24 horas por dia segue sendo compartilhado com as autoridades”, diz a empresa.
Empresa havia se comprometido em fechar antigos poços de extração de sal-gema
Dentre as nove minas escolhidas para serem preenchidas com areia, na tentativa de evitar o colapso do solo, a Mina 18 estava programada para ser a penúltima a iniciar o processo, conforme o cronograma divulgado pela Braskem no mês passado. A demora persistiu, mesmo diante dos indícios de evolução do afundamento nos últimos meses.
Vale lembrar que a empresa divulgou, em seu Relatório Integrado de 2022, que as ações de fechamento e monitoramento dos poços de sal seguiam conforme o plano de fechamento de minas aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), visando à estabilização das cavidades. “A interpretação dos dados de monitoramento indica uma redução na velocidade do movimento do solo, que deverá ser acompanhada mesmo após a finalização das ações planejadas para os próximos anos”, disse a companhia.
Imagem: Divulgação