As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em alta, com exterior desafiador e risco fiscal no radar.
Segundo Bruno Komura, economista da Ouro Preto Investimentos, o que vemos hoje na curva é reflexo da reunião do Copom, que manteve, sem novidades, a taxa Selic inalterada em 13,75%, mas com comunicado hawkish.
Além disso, Komura destaca a PEC da Transição, aprovada no Senado: A matéria passou com bastante folga e isso pode ser ruim. O mercado esperava mais dificuldade e consequente desidratação, afirmou. Enquanto não tivermos novidades sobre a tramitação na Câmara, a curva deve permanecer pressionada, completou.
Thiago Calestine economista e sócio da DOM Investimentos, acredita que a Câmara não deve aprovar a PEC da Transição sem alguma desidratação.
Ela foi aprovada no Senado com um nível de gasto muito alto que colocaria em xeque a sustentabilidade da trajetória da nossa dívida e, consequentemente, estabilidade fiscal, confiança, estabilidade monetária, afirmou.
Por volta das 16h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,658% de 13,664% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2024 projetava taxa de 13,830%, de 13,845%, o DI para janeiro de 2025 ia a 13,080%, de 13,035% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 12,785% de 12,715%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,2130 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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