Os juros devem encerrar 2023 a 11,5%, de acordo com o Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). A taxa subiu um ponto percentual em relação à projeção aponta pelos economistas em outubro. Eles também postergaram a estimativa de início da redução dos juros, de junho para agosto do próximo ano.
Para a inflação, a projeção de 2022 foi revisada para cima, de 5,5%, apontada no relatório de outubro do grupo, para 5,8%. Subiu também a previsão para 2023, de 4,9% para 5%, o que representa 0,25 ponto percentual acima do teto da meta de inflação.
A estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2022 se mantém em 2,80%, em linha com o que havia sido apontado no relatório anterior do grupo. Para 2023, os economistas revisaram para cima o crescimento da atividade econômica, de 0,8% para 0,9%. A expectativa para o déficit fiscal primário no fim do próximo ano também foi revista, de 0,90% para 1,39% do PIB, por conta das incertezas em relação à expansão fiscal.
No cenário externo, os economistas esperam recessão moderada nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2023, com um período que deve ser marcado por maior aversão ao risco, juros altos e dólar valorizado. A taxa de câmbio prevista para o ano que vem é de R$ 5,30 (a mesma estimativa dos últimos três relatórios do grupo). Para 2022, houve revisão para cima, de R$ 5,20 para R$ 5,25, o que corresponde a valorização de 5,92% do real no ano.
Confira o Relatório Macroeconômico da ANBIMA
Sobre o Grupo Consultivo Macroeconômico
O Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 25 economistas de instituições associadas à ANBIMA. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.
Com informações da Anbima.
Imagem: piqsels.com