A Americanas divulgou nesta segunda-feira (04), às 21h52, sua insatisfação com a decisão do Banco Safra de não negociar e expressou confiança na aprovação do plano de recuperação judicial em votação marcada para a assembleia do dia 19. O Safra, por sua vez, ingressou com um pedido na Justiça buscando a anulação do plano, alegando questionamentos sobre sua legalidade.
Desdobramento e posicionamento
A Americanas acusa o Safra de ir contra o processo de recuperação judicial e os esforços empreendidos para a retomada da empresa, destacando a preservação dos empregos diretos e indiretos, além da vasta cadeia de fornecedores.
A empresa relembra que foi o Safra quem impediu o pagamento imediato reivindicado pela companhia para 100% dos credores das classes I e IV, que englobam dívidas trabalhistas e de pequenas e microempresas.
A Americanas alega que, embora o Safra tenha participado das negociações que culminaram no acordo com outros bancos como Bradesco, BTG e Itaú, sua postura atual evidencia que sua intenção inicial não era negociar, mas apenas satisfazer interesses próprios, sem concessões, o que é esperado em um processo de recuperação judicial.
Responsabilidade e investigação
A empresa enfatiza que o plano apresentado é resultado de esforços conjuntos da companhia, acionistas de referência (Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles) e credores, oferecendo as melhores condições para a preservação das atividades da rede de varejo.
A Americanas reafirma que os eventos que levaram à recuperação judicial estão sob investigação das autoridades competentes e do Comitê Independente. O comunicado destaca que o plano prevê expressamente a possibilidade de responsabilização de qualquer administrador apontado como autor de fraude nas investigações.
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