O dólar encerrou esta terça-feira em leve alta de 0,12%, a R$ 5,70. A alta da moeda americana foi pressionada pelas incertezas fiscais no Brasil e pela possibilidade de retorno do ex-presidente Donald Trump à Casa Branca.
Entre as moedas emergentes, o real foi a moeda que mais perdeu valor frente à divisa americana, em um cenário global de valorização do dólar.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, também registrou alta de 0,06%, fechando a 104,075 pontos, evidenciando a força global da moeda americana.
Arrecadação acima do esperado
Embora a arrecadação federal em setembro tenha sido maior do que o esperado, o alívio para o real foi momentâneo. O dólar chegou a ceder durante a manhã, mas o movimento não se sustentou, revertendo para alta à tarde.
Cenário fiscal pressiona o real
O mercado continua atento ao quadro fiscal brasileiro, que se deteriorou em outubro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em declaração feita nos Estados Unidos, afirmou que o governo busca recompor a base fiscal, mas reconheceu que parte das despesas herdadas não tem fonte de financiamento definida.
Esse cenário fez com que o real acumulasse uma desvalorização de 3,20% frente ao dólar apenas em outubro, enquanto outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities se mantiveram estáveis ou valorizaram-se frente à divisa americana.
Eleições nos EUA afetam dólar
No mercado internacional, a possível vitória de Donald Trump nas próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos tem influenciado diretamente a precificação de ativos. A expectativa é que uma eventual volta do republicano à Casa Branca seja favorável ao dólar, segundo analistas financeiros.