As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) firmaram alta após fala do ex-ministro Fernando Haddad em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Segundo Fernando Franklin, diretor da Amaril Franklin, o mercado não compra a ideia do que tem sido ventilado até agora pelo governo eleito.
Ele falou em investimento em Ciência e Tecnologia por meio de empresas públicas. É o governo gerando custos e receitas, não o mercado, diz Franklin. E isso no passado já não funcionou, prossegue.
O dólar acelerou o ritmo de alta e define direção. Mais do que os casos de Covid que voltaram a subir na China, o driver é doméstico, após a participação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no almoço anual na Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “o mercado estava esperando alguns anúncios no evento e na fala do Haddad não houve nada de novo. Isso frustrou o mercado. Uma coisa que já é certa é que o ministro (da Fazenda) vai ser político. Agora o mercado espera que nas secretarias os nomes sejam mais técnicos”.
A Bolsa ampliou mais a queda após as falas do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, no evento da Febraban. O mercado esperava que Haddad tratasse em seu discurso das contas públicas, da responsabilidade fiscal. Haddad disse que estava discursando em nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e reforçou que a prioridade do governo eleito será a reforma tributária e que Lula quer diálogo com o Congresso.
Veja como estava o mercado por volta das 15h50 (de Brasília):
IBOVESPA: 108.622 pontos (-2,86%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,4130 (+1,92%)
DI JAN 2023: 13,702% (+0,01%)
DI JAN 2027: 13,570% (+0,13%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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