O CEO da Empiricus, Felipe Miranda, está sendo investigado no caso do vídeo anônimo contra o Traders Club (TC), que circulou nas redes em junho deste ano.
Miranda foi intimado a depor na quinta-feira (17), após áudios revelados pelo jornal Metrópoles revelarem que o CEO tentou convencer uma ex-funcionária da empresa rival a tornar público um caso de estupro que envolveria funcionários da empresa.
O TC enviou o áudio no mês passado à PF, juntamente a prints de mensagens em que Miranda oferecia um emprego a ela, requerendo também a prisão de Miranda.
Os advogados do CEO confirmaram o contato, mas negaram interferência na investigação.
As ações (TRAD3) têm vivido um mau momento. Desde o início deste ano, seus papéis despencaram mais de 64% e seu balanço do terceiro semestre registrou um recorde negativo de Ebitda – de R$ 22,5 milhões. Confira mais informações aqui.
Acusação
O vídeo em questão circulou no aplicativo de mensagens WhatsApp, no dia 30 de junho. Quem faz as acusações é uma mulher com o rosto pintado de palhaço.
No vídeo, a mulher acusa a TC de manipular resultados, praticar “front running” e ainda cita casos de assédios que envolvem a companhia.
“Front running”, ou correr pela frente, é o termo utilizado pelo mercado para quando influenciadores compartilham sua escolha de ativos com seus seguidores, fazendo com que eles fiquem tentados a comprar os ativos compartilhados, o que resulta em uma alavancagem nos papéis devido ao efeito manada – e quem lucra com isso é o próprio influenciador.
Imagem: Reprodução / Youtube