O BTG Pactual avaliou positivamente a notícia de que a Ultrapar comprou, por meio de sua subsidiária Ultragaz, a NEOgás, por R$ 165 milhões, sujeito a ajustes usuais de capital de giro e dívida líquida, divulgada ontem pela companhia, à medida que reforça o compromisso da companhia de reativar o crescimento após a venda da Oxiteno e Extrafarma, mas disse que aguarda mais detalhes sobre o negócio.
“Ainda precisamos de mais detalhes para entender o potencial de geração de caixa da NEOgás no curto prazo (nosso primeiro palpite é de que é pequeno), mas elogiamos a estratégia de continuar avançando em segmentos em desenvolvimento no setor de energia, onde a Ultrapar tem forte expertise e pode alavancar sua infraestrutura e clientes”, comentaram.
Em relatório, os analistas apontam que o negócio representa apenas 1,1% do valor de mercado da Ultrapar e marca a segunda fusão e aquisição da Ultragaz em pouco mais dois meses, após a compra do Stella GD em setembro. “Combinados, os dois negócios representam apenas 1,6% do patrimônio da Ultrapar, então não vislumbramos grandes alteração em sua estrutura de capital ou alavancagem”, acrescentaram.
Na visão do BTG, a Ultrapar está no caminho certo e as tendências do setor oferecem melhor visibilidade dos resultados nos próximos trimestres, mas os analistas ainda preferem ficar neutros, por ainda veem a ação negociando a um P/L de 15 vezes para 2023, implicando um prêmio para os pares e aparentemente precificando a maior parte (se não todo) do lado positivo de uma transformação bem-sucedida de seu núcleo de distribuição de combustíveis.
Assim, o BTG permanece neutro em UGPA3, que tinha alta de 1,73%, a R$ 13,45 às 12h00 (horário de Brasília).
Cynara Escobar / Agência CMA
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