Com escritório na famosa Faria Lima, em São Paulo, a gestora de investimentos Titanium Assest foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) que apreendeu R$ 400 milhões em bens.
A Vórtx, administradora de 3 fundos de cripto da gestora, assumiu a gerência temporária do fundo e suspendeu o resgate. Os fundos afetados são o Structure, o Cripto Access e o Galaxy. A decisão, segundo o fato relevante divulgado nesta terça-feira (28), foi uma ordem judicial.
Segundo a investigação, o esquema se assemelhava a uma pirâmide financeira, constituído pela captação de US$ 1 bilhão de investidores brasileiros por meio de um CIC (Contrato de Investimento Coletivo) para aplicar em arbitragem de criptomoedas.
De acordo com a PF, não houve registro nem autorização dos órgãos competentes para a movimentação.
O Monitor do Mercado já falou sobre a PL de pirâmides financeiras e a CPI no Ligando os Pontos. Assista.
Junto a apreensão de R$ 400 milhões em bens – incluindo um iate de luxo avaliado em R$ 40 milhões – foram emitidas 11 medidas cautelares contra 12 pessoas físicas e mais de 50 empresas, além de terem sido cumpridos 28 mandados de busca e apreensão.
A gestora não respondeu aos pedidos de contato do Monitor do Mercado.
Tráfico de drogas e fraude
A investigação afirma que a Titanium usou de empresas laranjas em um esquema conhecido como “centrifugação de dinheiro” – uma lavagem de dinheiro onde os valores ilícitos são dispersos ou distribuídos entre várias contas de empresas diferentes para dificultar o rastreio da origem.
A PF afirmou que os investimentos podem, inclusive, serem originados de tráfico de drogas, crimes contra o sistema financeiro nacional, fraudes empresariais e fiscais.
Para a instituição, os fatos analisados pela investigação constituem crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e contra o sistema financeiro nacional.
Imagem: Marcelo Camargo / Agência Brasil