O Indicador de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou estabilidade em setembro (0,05%), após variar em diferentes sentidos em julho e agosto (1,7% e -1,1%, respectivamente), considerando a série dessazonalizada. “Apesar da recente volatilidade, a tendência subjacente é de crescimento, como evidencia a alta de 1,4% QoQsa no 3ºT22. Contra iguais períodos de 2021, as variações foram de 4,0% no mês e 4,3% no 3ºT22. Os dados mensais vieram praticamente em linha com o estimado pela Tendência e a mediana de mercado da agência Estado (0,2% MoMsa e 4,2% YoY; 0,3% MoMsa e 4,3% YoY, nessa ordem)”, aponta a Tendências Consultoria, em relatório.
Segundo o documento, a tendência de crescimento do indicador é uma nova evidência do quadro de sustentação do crescimento econômico corrente, em ritmo superior às primeiras estimativas para o período, mas condizente com as revisões recentes positivas. “A projeção atual para o PIB do período é de 0,6% QoQsa e 3,6% QoQ, passiveis de um marginal ajuste positivo, considerando eventuais revisões dentro do PIB de serviços, à luz das surpresas com a PMS e PMC de setembro”.
Com relação ao resultado do IBC-Br no mês, dois fatores principais ajudam a compreender sua estabilidade na margem dessazonalizada, aponta o documento. “O primeiro refere-se ao próprio processo de dessazonalização que tende a minimizar o resultado após uma sequência de intensas variações, como observadas nos últimos meses. O segundo é de natureza econômica, considerando os sinais mistos emitidos por parte dos principais indicadores de atividade no mês. No campo positivo, destacam-se Serviços (0,9% MoMsa) e Comércio restrito (1,1% MoMsa). Do outro lado, contribuíram negativamente a Indústria (-0,7% MoMsa) e o total de ocupados do mercado de trabalho (-0,2% MoMsa)”, completa.
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Imagem: Marcos Santos / USP Imagens