O mercado de juros futuros encerrou o dia com uma tendência de alta nos contratos de curto prazo e estabilidade nos vencimentos mais longos. Esse movimento foi influenciado por um comportamento mais defensivo, especialmente no período da tarde, devido ao enfraquecimento do câmbio e ao aumento dos preços do petróleo.
O comportamento das taxas curtas permaneceu estável ao longo do dia, sem grandes novidades que pudessem impactar as expectativas para a política monetária no Brasil. No entanto, ao final do dia, elas apresentaram uma tendência de alta. Com isso, a curva de juros voltou a perder inclinação, favorecida pelo aumento do apetite ao risco nos mercados internacionais.
Os investidores estiveram atentos aos dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre, que superaram as expectativas, indicando um crescimento de 5,2% entre julho e setembro. No entanto, esses números vieram acompanhados de um cenário de desaceleração da inflação, reforçando a ideia de uma desaceleração gradual da economia americana.
Comportamento das taxas de juros
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,450% (máxima), enquanto a do DI para janeiro de 2026 passou de 10,08% para 10,09%. Já a do DI para janeiro de 2027 recuou para 10,14%, e a do DI para janeiro de 2029 ficou em 10,56%.
Na Bolsa de Valores brasileira (B3), as taxas tiveram uma queda mais significativa durante a primeira parte dos negócios, acompanhando a redução dos retornos dos Treasuries nos Estados Unidos. O mercado permaneceu otimista em relação ao ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve em 2024, mesmo com a leve desaceleração das taxas trimestrais do índice de preços de gastos com consumo (PCE).
Influências externas e análise de especialistas
A taxa da T-Note de dez anos registrou variações ao longo do dia, atingindo a mínima de 4,24% e posteriormente subindo para cerca de 4,27%. Essa oscilação foi influenciada pelas declarações do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, que indicou a possibilidade de elevar os juros caso a inflação persista.
Felipe Rodrigo de Oliveira, economista da MAG Investimentos, destacou que o mercado local apresentou um entusiasmo maior durante a manhã, porém, houve um enfraquecimento ao longo do dia. Ele atribui essa desaceleração à relação com o câmbio e o petróleo, elementos que ganharam destaque na sessão vespertina.
Com informações do Broadcast
Imagem: Piqsels