As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) seguem em alta, com preocupações fiscais no radar.
Segundo Rafael Passos, economista da Ajax Capital, cresce o temor entre os investidores de que o governo Lula será mais parecido com o governo de Dilma. Assim, os prêmios de risco tendem a continuar elevados por conta do cenário desfavorável para os ativos domésticos, caso o novo governo não dê sinais convincentes de que conduzirá política econômica de forma responsável, disse.
No final da primeira metade do pregão, a Bolsa dispara os ganhos impulsionada pela valorização das ações da Vale (VALE3), que detêm mais de 14% do Ibovespa, e dá um alívio ao mercado. Os papéis do setor de commodities seguem na mesma direção motivados pela reabertura da China.
Acilio Marinello, coordenador do MBA em Digital Banking da Trevisan Escola de Negócios, disse que a abertura na China mexe com as commodities. “Esse é o principal gatilho para refletir nas commodities e acaba reverberando nas nossas empresas que são provedoras dessas commodities, impactando diretamente na nossa Bolsa”.
O dólar virou e opera em queda. Por mais que o ambiente fiscal siga incerto, o movimento corrige a intensa alta de ontem e reflete a empolgação do mercado com a reabertura chinesa. “O principal para o Brasil foi a China, e isso sempre ajuda o real. Também tem um certo de movimentação de correção, mas o ambiente é de cautela com a questão fiscal”, aponta o economista da Guide Investimentos Rafael Pacheco.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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