A Equatorial divulgou ontem (9) o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido ajustado foi de R$ 553 milhões, alta de 11,8% em comparação ao terceiro trimestre de 2021.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) subiu 24,1%, a R$ 1,6 bilhões. O Ebitda ajustado alcançou R$ 1,7 bilhões, alta de 18,6%.
O relatório disse o resultado é reflexo, principalmente, do efeito positivo da consolidação dos novos ativos, com destaque para a Echoenergia, que contribuiu com R$ 224 milhões e pelo aumento do EBITDA da Distribuição, com destaque para a melhoria da 7 operação da CEEE-D, que trouxe um EBITDA R$ 99 milhões contra R$ 195 milhões negativos no terceiro trimestre de 2021, e pela consolidação de R$ 68 milhões da CEA. Adicionalmente houve também aumento do EBITDA do segmento de Transmissão.
A receita operacional líquida recuou 8,1%, para R$ 6,8 bilhões. O resultado financeiro consolidado ficou negativo em R$ 445 milhões, contra R$ 446 milhões registrados no mesmo período de 2021.
Segundo a companhia, a redução reflete, principalmente, a menor receita do segmento de Distribuição, no montante de R$ 1,3 bilhão, reflexo da redução da atualização do ativo financeiro, da receita de suprimento e da receita de construção, compensado em parte pela consolidação dos novos ativos de Renováveis e Saneamento.
Em 30 de setembro de 2022, a dívida bruta consolidada, considerando encargos, credores financeiros da recuperação judicial (líquido de ajuste a valor presente) e debêntures, atingiu R$ 32,1 bilhões.
A dívida líquida consolidada fechou em R$ 23,8 bilhões, implicando numa relação dívida líquida/EBITDA de 3,4x. Este cálculo difere da apuração do covenant da Equatorial, pois a fórmula do covenant ajusta o EBITDA proforma com 12 meses dos ativos adquiridos. observando este critério, e os demais ajustes no covenant, o indicador de alavancagem para o período foi de 3,1x.
A geração eólica líquida foi de 1.432,4 GWh, um aumento de 12,9% quando comparado ao mesmo período do ano anterior (1.268,6 GWh no 3T21). O Volume total de energia distribuída atingiu 8.785 GWh, crescimento consolidado de 5,5% em relação ao mesmo período do ano apssado, com destaque para Rio Grande do Sul (+7,9%), Pará (+7,1%) e Maranhão (+5,7%).
A Energia Gerada Bruta totalizou 1.432 GWh, volume 13% superior ao terceiro trimestre de 2021, devido principalmente à entrada em operação do complexo Serra do Mel 2, no início do ano, parcialmente compensada pela variação dos ventos do período, no comparativo anual (-2%).
A Alavancagem consolidada registrou 3,4x, medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado. As disponibilidades atingiram R$ 8,3 bilhões, ou 2,8x a dívida de curto prazo.
Emerson Lopes / Agência CMA
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