O Fleury divulgou ontem o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 96,7 milhões, alta de 0,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de nove meses do ano, o lucro líquido diminuiu 0,7% e somou R$ 278,4 milhões, na mesma base de comparação. Às 11h30, as ações da companhia subiam 2,42%, a R$ 18,99.
Para a XP Investimentos, embora a margem EBITDA recorrente tenha permanecido estável em relação ao ano anterior, há potencial para expansão da margem, uma vez que o Fleury ainda pode capturar sinergias de aquisições e diluir custos e despesas fixos.
“A geração de caixa operacional foi de sólidos 105% do EBITDA, e notamos que o aumento do EBITDA foi totalmente consumido por maiores despesas financeiras líquidas. Além de números positivos, os resultados indicam uma recuperação na demanda por diagnósticos”, explicou a XP.
O BTG Pactual disse que a companhia reportou resultados sólidos, apresentando expansão da DRE, margens estáveis apesar dos menores volumes de covid e geração de fluxo de caixa operacional decente.
“Nossa recomendação continua neutra, mas temos um viés positivo na ação desde sua fusão com o Hermes Pardini. Lembramos que a empresa anunciou um aumento de capital privado no mês passado, com o objetivo de levantar até R$ 1,22 bilhão, e o direito de preferência deve ser exercido até 21 de novembro. A expansão de múltiplos dependerá da alocação de capital e da captura de sinergias relacionadas a fusão com o Hermes Pardini”, apontou o BTG.
Para a Genial Investimentos, a companhia continua a demonstrar sua capacidade de crescimento e rentabilidade, mesmo em um momento difícil para o setor de saúde. Outro destaque foi a diluição das despesas operacionais e o controle dos custos nos comparativos anual e trimestral. Além disso, a receita continuando sua trajetória ascendente.
“A forte base de comparação anual não faz jus a rentabilidade do Fleury, que agora enfrenta uma conjuntura macroeconômica muito mais adversa. Portanto, avaliamos o resultado como positivo, reforçando nossa tese de criação de um ecossistema completo de saúde, pautado no crescimento orgânico e inorgânico”, concluiu a Genial, que recomenda a compra, com preço-alvo de R$ 21,50.
Por fim, o Bank of America (BofA) afirmou que continua vendo o potencial de diluição múltipla com a incorporação de Pardini, que deve reduzir de 17x PE/23 para 14x com sinergias. Além disso, antecipando a continuidade de sua estratégia de M&A, auxiliando na expansão do volume, a companhia deve ter resultados sólidos com margem EBITDA de 27% para 2023. O BofA manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 23/ação.
Emerson Lopes / Agência CMA
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