As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) abriram em alta nesta quinta-feira, acompanhando a decisão do FED (o banco central norte-americano) em elevar a taxa de juros no país para 4%.
Segundo Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, a decisão (+75 bps) já era esperada. Taxa terminal será a grande discussão. O mercado tem entre 4,75-5%, mas se a inflação não desacelerar, pode ir além. Como colocou o Copom, o cenário externo é mais desafiador, afirmou a economista.
A Bolsa abriu em queda e opera entre altas e baixas, com os mercados internacionais aversos aos investimento de risco após a confirmação de política econômica mais austera após aperto de juros nos Estados Unidos, Inglaterra e China. Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou mais uma alta de 75 pontos-base na taxa básica de juros e sinalizou que ainda é cedo para uma discussão sobre o fim dos aumentos. Na Europa, o foco ficará por conta da decisão de política monetária do Bank of England. O consenso aponta para uma alta de 75 pontos-base, elevando a taxa de juros local para 3,0%, o seu maior valor desde 2008.
O dólar perdeu força e opera misto. Apesar do aumento de 0,75 ponto percentual (pp) na taxa básica de juros dos Estados Unidos, anunciado ontem pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), a ânsia pela divulgação da equipe econômica do próximo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ajuda a moeda brasileira. Para o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o real tem performado melhor que as outras moedas. No curto prazo, eu vejo que as notícias sobre a equipe econômica vão mover o dólar muito mais que o mercado externo”.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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