O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 672,9 milhões para modernizar a fábrica da Unipar Carbocloro, em Cubatão (SP).
O projeto visa substituir tecnologias ultrapassadas, como o uso de mercúrio, por métodos mais avançados, como a tecnologia de membrana. Com isso, a empresa espera alcançar maior eficiência energética, reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) e atender às exigências da Convenção de Minamata, que proíbe o uso de mercúrio a partir de dezembro de 2025.
A iniciativa é financiada com R$ 400 milhões do Fundo Clima e R$ 272,9 milhões do programa BNDES Finem Meio Ambiente. Durante a implementação do projeto, a previsão é de geração de 1.232 empregos diretos e indiretos.
Impacto de novo financiamento do BNDES
A modernização tecnológica permitirá que a planta de Cubatão reduza em até 70 mil toneladas anuais suas emissões de CO₂, o equivalente ao consumo energético de cerca de 340 mil pessoas. Além disso, a tecnologia de membrana, ao substituir o método de diafragma, permitirá a produção de soda cáustica com maior pureza e menor consumo de energia elétrica e vapor.
“O Brasil tem grande potencial para liderar a transição energética global, e o Fundo Clima é essencial para essa mudança”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O CFO da Unipar, Alexandre Jerussalmy, afirmou que o financiamento ajuda a melhorar o perfil de dívida da empresa e apoia os planos de crescimento sustentável da companhia.
Alinhamento à política industrial e ao mercado global
O diretor do BNDES, José Luís Gordon, ressaltou que o projeto está em sintonia com a política industrial do governo federal, que promove a descarbonização na indústria e a adoção de tecnologias de baixo carbono.
Ele destacou que a modernização da planta confere competitividade à Unipar no mercado internacional, permitindo que a empresa lidere iniciativas verdes no setor químico.
O Fundo Clima, que financia parte do projeto, é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e busca apoiar iniciativas que reduzam emissões de GEE e promovam adaptação às mudanças climáticas.
Além de atender às metas climáticas internacionais, a modernização proporciona ganhos para o setor industrial e para a economia local. A descontinuidade do uso de mercúrio melhora a segurança ambiental, enquanto o investimento em eficiência energética contribui para reduzir custos operacionais da planta.