Os juros futuros encerraram em baixa nesta segunda-feira (27), seguindo a tendência das taxas dos Treasuries. O destaque na agenda foi o panorama fiscal, enquanto o mercado aguarda votações importantes no Congresso Nacional.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 terminou em 10,415%, reduzindo de 10,438% no ajuste anterior. Enquanto isso, o DI para janeiro de 2026 caiu para 10,08%. Já o DI para janeiro de 2027 registrou 10,21% e o de janeiro de 2029 fechou em 10,63% (mínima), contra os 10,76% anteriores.
Expectativa de fim do aumento de juros nos EUA
Após um período de elevação moderada na semana anterior, o mercado sinaliza maior exposição ao risco. Essa postura foi influenciada pelo cenário internacional favorável, indicando possivelmente o fim do aumento de juros nos Estados Unidos.
Impactos econômicos nos EUA
Nos Estados Unidos, as vendas de moradias novas contraíram inesperadamente em outubro. Além disso, o índice de atividade empresarial regional do Federal Reserve (Fed) de Dallas caiu em novembro. Esses dados refletiram nos retornos dos Treasuries, que apresentaram queda, especialmente após o leilão dos papéis de 5 anos.
Previsões e perspectivas para o mercado de juros
Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho, destaca que a agenda norte-americana influenciará a semana do mercado de juros. Destaque para a divulgação do índice de preços dos gastos com consumo (PCE), medida favorita de inflação do Federal Reserve, previsto para quinta-feira.
Atenção ao panorama fiscal e votações no congresso
No cenário doméstico, o mercado acompanha atentamente o noticiário fiscal. A arrecadação de outubro, levemente acima das estimativas, foi divulgada pela manhã. Entretanto, o foco está nas votações previstas para esta semana no Congresso, como a taxação de fundos de alta renda e offshores, além da regulamentação das apostas esportivas.
Decisões do STF sobre precatórios e impacto econômico
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou um julgamento relevante sobre precatórios, envolvendo a possibilidade do governo quitar R$ 95 bilhões ainda em 2023. O relator e alguns ministros votaram a favor da medida, mas o julgamento foi suspenso. A autorização pode representar uma solução para o pagamento desses precatórios, vista como satisfatória pela equipe econômica.
Com informações do Broadcast
Imagem: Piqsels