A Ambev divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 3,215 bilhões, queda de 13,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro ajustado foi de R$ 3,229 bilhões, redução de 13,9% na base anual. Às 12h25, as ações da companhia subiam 2,78%, a R$ 15,51.
Para a XP Investimentos, a AmBev apresentou resultados mistos, porém fortes, com o Brasil melhor do que o esperado e suficiente para compensar um desempenho decepcionante em suas unidades internacionais. O volume consolidado foi recorde para um terceiro trimestre e essa tendência positiva permitiu que os preços aumentassem em 8 dos 10 principais mercados da AmBev.
“Continuamos otimistas com a AmBev, esperamos que o quarto trimestre sustente esse momento positivo de ganhos, impulsionado pelo clima favorável e pela Copa do Mundo. Prevemos que a AmBev aproveite esse momento favorável para recuperar margens. Reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,10/ação para 2023”, concluiu a XP.
O Bank of America (BofA) destacou o bom desempenho do setor de bebidas não-alcoólica (NAB), reflexo da venda cruzada gerada pelo aplicativo BEES, e o forte recuo no mercado da América Central e Caribe (CAC), devido a restrições logísticas e menor demanda diante do aumento da inflação na região.
“Mantemos nossa classificação neutra, pois os custos continuam elevados e a desaceleração da inflação no Brasil deve limitar o repasse, enquanto os concorrentes aumentam a capacidade”, explicou o BofA, que apontoU preço-alvo de R$ 16.
Para a Levante Investimentos, em linhas gerais, o resultado foi bom nas operações
brasileiras, mesmo em um cenário ainda adverso. Já as operações internacionais foram afetadas pelo resultado ruim em CAC. No Brasil, o volume estável contra uma forte base de comparação demonstra a demanda saudável no segmento, a despeito dos aumentos de preços.
O Itaú BBA destacou o bom desempenho do volume da Cerveja Brasil (estável ano a ano), ligeiramente acima de sua previsão, que combinado com preços sólidos impulsionou o crescimento de 17% na receita. Por outro lado, a corretora lembrou que o cenário macroeconômico difícil impactou o consumo no CAC, e os resultados financeiros pesaram no resultado, após o aumento dos custos de carregamento e a hiperinflação na Argentina. O Itaú mantém sua recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 18.
Emerson Lopes / Agência CMA
Copyright 2022 – Grupo CMA
Imagem: Divulgação