O Santander Brasil divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido gerencial foi de R$ 3,12 bilhões, queda de 23,5% em comparação ao segundo trimestre de 2022, e recuo de 10,1% em relação ao terceiro trimestre de 2021.
Em teleconferência na manhã de hoje, o presidente do banco, Mario Leão, e o CFO Angel Santo Domingo enfatizaram que o banco mantém sua política de concessão de crédito com maior seletividade.
“O resultado reflete a maior seletividade no crédito e sensibilidade negativa em mercados, além da PDD estar ainda em um momento desafiador do ciclo. A margem com mercados ainda está pressionada pela sensibilidade negativa à curva de juros, explicou Domingo.
A margem financeira bruta atingiu R$ 12,5 bilhões, apresentando queda de 1,4% em três meses, refletindo o menor resultado das operações com clientes, impactado principalmente pelo mix de produtos.
Os executivos destacaram ainda que a taxa de inadimplência traz sinais de estabilidade há três trimestres e que a redução do custo de crédito já é reflexo das novas safras. O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3% no trimestre, com crescimento de 0,11 p.p. no trimestre e aumento de 0,58 p.p. em doze meses.
“A carteira de crédito totalizou R$ 484.252 milhões em setembro de 2022, aumento de 3,4% no trimestre, com destaques para o crescimento da carteira de grandes empresas, influenciado pela expansão do negócio e variação cambial, e aumento do varejo, em função de pessoa física. Em relação ao ano anterior, a carteira de crédito obteve crescimento de 7,5%”, detalharam os executivos.
O crédito à pessoa física totalizou R$ 220.417 milhões em setembro de 2022, crescimento de 2,4% no trimestre, com destaque para o aumento do crédito consignado (3,7%), crédito pessoal/outros (3%) e crédito imobiliário (2%).
“As novas safras (a partir do primeiro trimestre de 2022) estão se comportando como prevíamos, com maior qualidade, atingindo índice de 1,5%, sendo 2,5 p.p. menor que o indicador das safras antigas. Devemos ampliar nossas carteiras no último trimestre deste ano e temos uma ótima perspectiva para o ano que vem”, comentou Leão.
O executivo enfatizou que o banco tem mantido o movimento de proatividade diante dos desafios que os clientes têm pela frente. Entramos em contato com nossos clientes pessoas físicas para saber se poderiam ter problemas financeiros no futuro. Com isso, conseguimos oferecer renegociações criteriosas e que realmente podem ajudá-los. É importante acompanhar todo o ciclo de crédito do cliente e deixar claro que somos parceiros e estamos ao seu lado”, explicou o presidente do Santander Brasil.
Por fim, os executivos reiteraram que o ano de 2023 ainda será desafiador, mas que a tendência, com o fim das eleições e a possível queda da taxa Selic, a partir do segundo semestre do ano que vem, é que a economia e a percepção do consumidor melhorem, aquecendo a economia.
Emerson Lopes / Agência CMA
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