As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam mistas, próximas ao zero. Este movimento é explicado pelo ambiente de cautela com a aproximação das eleições brasileiras.
De acordo com o sócio da Top Gain Leonardo Santana, “o movimento é de cautela, à espera das eleições. Estamos há dois meses neste movimento lateralizado”.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o leilão do Tesouro pega mais hoje, mas de modo geral o DI está muito suscetível às oscilações do petróleo”.
“Como o Banco Central (BC) optou por terminar o ciclo de aperto monetário, naturalmente o mercado fica muito volátil. O mercado tender a perder a ancoragem, e fica na expectativa do que vai ser o fiscal daqui para frente”, analisou Borsoi.
Segundo boletim da Ajax Asset, “lá fora, as taxas de retorno anual dos Treasury Bonds (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) estão estáveis para o prazo até dois anos e recuam para os vencimentos mais longos. Assim, os ativos de risco se recuperam. Por aqui, noticiário sobre as eleições predomina, e menor vantagem de Lula pode ser positiva aos ativos de risco”.
A Ajax se refere à pesquisa Datafolha, divulgada ontem, que apontou o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 52% dos votos válidos, enquanto o postulante à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), possui 48%.
Por volta das 16h38 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,682% de 13,682% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 11,710%, de 11,695% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,560% de 11,555%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,2210 para venda.
Paulo Holland / Agência CMA
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