O dólar comercial fechou em alta de 1,54%, cotado a R$ 5,2710. A sessão foi marcada pela forte atmosfera de cautela causada pela expectativa com a divulgação de importantes indicadores norte-americanos, amanhã e quinta-feira.
Segundo o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o pessoal está protegido para amanhã, é muito complicado ficar posicionado. E dólar está na direção oposta ao mercado global por isso”.
O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otávio Leal, segue a mesma linha, e entende que o cenário externo é muito conturbado e internamente a cautela predomina.
Serão divulgados nos Estados Unidos, amanhã, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de setembro e a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Já na quinta é a vez do índice de preços ao produtor (CPI, na sigla em inglês), também referente ao mês passado.
De acordo com o sócio da Ethimos Investimentos Lucas Brigato, “o mundo está preocupado com uma recessão, e o dólar está respeitando a faixa dos R$ 5,20”.
Além da preocupação com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), Brigato ressalta que a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que será divulgada amanhã, deve vir dura, com a instituição reforçando seu combate à inflação.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “o DXY (cesta de moedas desenvolvidas) opera em alta, devido ao pano de fundo de um cenário internacional de aversão ao risco, neste ambiente recessivo.
Abdelmalack explica que, além de ser véspera de feriado no Brasil, a leitura da inflação nos Estados Unidos, e que caso se confirme a desaceleração do CPI no acumulado de 12 meses pode ocorrer um movimento de descompressão no dólar.
A economista não acredita que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que caiu 0,29% em setembro ante agosto, tenha surtido algum efeito no câmbio, já que o resultado veio em linha com o esperado e é o terceiro mês seguido de deflação.
Paulo Holland / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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