As companhias aéreas divulgaram informações sobre os impactos da interdição do aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), no último domingo, e defenderam a restrição da operação de aeronaves de baixa performance na pista principal do complexo, que voltou a operar normalmente nesta terça-feira, após dois dias de filas, atrasos e cancelamentos devido a um acidente com um avião de pequeno porte, que manteve a pista principal interditada por quase nove horas.
A Azul informa que, por conta da interdição, precisou alternar três voos e cancelar outros 17 que tinham a capital paulista como origem ou destino. Nesta segunda, ainda como reflexo da interdição de ontem, a empresa precisou cancelar os voos AD4131, AD2855 e AD4030 ligando Congonhas ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. “A Azul destaca que os Clientes receberam toda a assistência necessária da Azul, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e lamenta eventuais contratempos causados pela situação”.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) destacou a importância de restringir a operação de aeronaves de baixa performance na pista principal de Congonhas a fim de agilizar a recomposição da malha nacional e atender os milhares de passageiros que precisam ser transportados ainda hoje e nos próximos dias, em nota divulgada ontem (10/10).
A Abear totalizava 300 voos das empresas GOL Linhas Aéreas e LATAM Brasil foram impactados pelo incidente do último domingo até a divulgação do comunicado.
Segundo a entidade, a restrição de aviões de pequeno porte na pista principal de Congonhas, principalmente em horários de pico, é uma preocupação antiga de suas associadas, que em 29 de setembro enviaram ofício à Infraero recomendando a adoção definitiva dessa medida, visto que os impactos causados por incidentes na pista principal de um aeroporto de grande porte impactam milhares de passageiros em todo o Brasil, além de prejuízos financeiros que ultrapassam milhões de reais, diz a nota.
“A Abaer recomenda aos passageiros que consultem o status de seu voo antes de se dirigirem a Congonhas e destaca que suas associadas estão flexibilizando a remarcação dos voos que foram impactados e trabalham para reacomodar os passageiros”, acrescentou.
A entidade também informou algumas medidas tomadas pela Gol e Latam em relação à resolução dos problemas relacionados à interdição.
A GOL informa que, devido a interdição da pista do Aeroporto de Congonhas na tarde de domingo (9/10), alguns voos foram alternados para pouso em outros aeroportos e outros foram cancelados. A Companhia está flexibilizando para que os clientes posterguem ou cancelem suas viagens sem custo até dia 23/10, dependendo apenas da disponibilidade de voos. Se possível, a Companhia sugere que os passageiros evitem ir ao aeroporto se o seu voo estiver na lista abaixo. Para remarcação ou pedido de reembolso, os Clientes devem entrar em contato pelo telefone 0800 704 0465. Para clientes Smiles, o telefone é 0300 115 7001 (Smiles e Prata) ou 0300 115 7007 (Ouro e Diamante). A GOL lamenta pelo inconveniente e trabalha para reduzir os impactos nas viagens de seus passageiros.
A Latam informa que o incidente do avião de pequeno porte ocorrido na tarde do último domingo (9/10) já resultou, entre domingo e hoje (segunda) de manhã, no cancelamento de mais de 180 voos da companhia, trazendo prejuízos milionários para a empresa e alguns incalculáveis para os clientes. A companhia reforça que todos os seus esforços estão direcionados para acomodar, assistir, reorganizar as viagens de seus clientes e normalizar as operações.
Diante da complexidade dessa reacomodação e normalização, reforçamos as seguintes orientações para nossos clientes: antes de sair para o aeroporto, verifique o status do seu voo em latam.com: https://www.latamairlines.com/br/pt/flight-status Só saia de casa se tiver a confirmação do voo e conseguir fazer o check-in online.
Cynara Escobar / Agência CMA
Imagem: Ministério da Infraestrutura
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