O Itaú BBA atualizou hoje sua Carteira Recomendada de Dividendos, composta por cinco ações. A única mudança foi a saída do Bradesco para a entrada da B3. Segundo o relatório, se a animação com o mercado de ações continuar em alta, o que parece fazer sentido dado o cenário de redução de incertezas pós-eleições, “a B3 deve ter meses de fortes volumes de negociação à frente”, detalhou o Itaú. Com a incorporação da B3, a Carteira de Dividendos tem agora as seguintes ações: B3, CPFL, Copasa, Marcopolo e Vibra Energia.
O documento explica a ação do Bradesco foi incluída na Carteira Dividendos no final de junho, e que, naquele momento, a perspectiva de inadimplência da carteira pioraria com menor intensidade no segundo semestre e que o banco conseguiria crescer sua margem financeira.
No entanto, passados quase quatro meses, ainda há tendências negativas para o banco, com inadimplência ainda em alta, deterioração da carteira de pequenas e médias empresas e impactos negativos na divisão de seguros (sinistralidade em alta).
“Por outro lado, vemos a B3 bem-posicionada para o momento de mercado brasileiro e com múltiplos descontados. Do lado operacional, o aumento de receitas e o maior controle de custos devem expandir a margem Ebitda (rentabilidade operacional) da B3 em mais de 1 ponto percentual em 2023 (atingindo 75,5% no consolidado do ano)”, ponderou a análise.
Para o Itaú, a B3SA3 é negociada atualmente a 16 vezes o preço por ação em relação ao lucro por ação (P/L), o que representa um desconto de 25% ante a média histórica de 21 vezes – quando comparada a pares globais, a companhia é negociada com 24% de desconto.
“Esperamos um dividend yield (retorno do dividendo) de 6,2% para a B3 em 2023, porém acreditamos que a companhia ainda deva anunciar a distribuição de JCP e de dividendos em 2022”, concluiu a análise.
Emerson Lopes / Agência CMA
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