As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam mistas. Elas refletem as incertezas globais com uma possível recessão mundial e as dúvidas sobre quando a inflação, tanto local quanto no exterior, irá começar a cair.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o desafio do DI é grande, pois o mercado comprou a ideia de que a inflação vai ceder rápido. Não tem como existir desinflação se o petróleo não ceder. Hoje está acontecendo um choque de realidade”.
Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “os vértices mais longos sobem e refletem o exterior, enquanto os vértices curtos pouco mudam”.
Para a economista da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “a atividade econômica se mantendo aquecida nos Estados Unidos, reforça o viés de alta dos juros”.
Nesta manhã foi divulgado o relatório da Automatic Data Processing (ADP) e Macroeconomic Advisers foram criadas 208 mil vagas nos Estados Unidos em setembro. A expectativa ficou ligeiramente acima das projeções de 200 mil vagas, e o indicador exclui o setor rural.
Abdelmalack também entende que o “xadrez político” deve gerar muita oscilação, tanto nos juros quanto no câmbio, até o desfecho do segundo turno das eleições, no próximo dia 30.
Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,672% de 13,678% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 11,520%, de 11,460% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,310% de 11,255%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1740 para venda.
Paulo Holland / Agência CMA
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