A morte da estudante Ana Clara Benevides no show da cantora Taylor Swift, na última sexta-feira (17), foi apontada em uma sequência de notícias como a razão para as ações da Time For Fun (#SHOW3), que organizou o evento no Brasil, terem derretido nesta segunda-feira (20). Os gráficos, entretanto, mostram que a tragédia teve pouco impacto nos papéis.
No fim de segunda, as ações eram vendidas por R$ 2,06, praticamente o mesmo preço que tinham no dia 1º de novembro (R$ 2,05). O que aconteceu foi que elas tiveram uma forte alta nos primeiros dias deste mês, atingindo o pico de R$ 2,55 no dia 9. Em seguida, desabaram.
É que na noite do dia 8 e na manhã do dia 9 a empresa divulgou seus números relativos ao terceiro trimestre do ano. A forte alta, então, estava ancorada na expectativa de que o resultado viesse excelente. Mas não foi o que aconteceu. E o pico testou justamente a última alta, atingida no final de setembro, para voltar ao patamar anterior.
Os investidores, então, começaram a vender os papéis. A quantidade de notícias sobre a morte no show pode ter dado um empurrãozinho, mas claramente não é a responsável pela derrocada. Veja o gráfico:
Responsabilização por morte
Apesar de não haver nenhum processo instaurado contra a companhia, os fãs responsabilizaram a Time For Fun pela falta de água e preparação para o evento, que ocorreu durante uma das piores ondas de calor a afetarem o Brasil.
No sábado (18), o show foi adiado devido ao calor excessivo e a previsão de tempestade.
A empresa alemã organizadora da turnê internacional, CTS Eventim, também viu suas ações caírem nesta segunda-feira (20), cerca de 1% – valor bem menor do que os vistos nos papéis da Time For Fun.
A CTS Eventim, inclusive, tiveram uma forte alta em suas ações em outubro, após divulgarem que os lucros do terceiro trimestre serão maiores graças à quantidade de ingressos vendidos para os shows de Swift.
Segundo uma nota divulgada pela empresa, as vendas de tickets online subiram 35% nos primeiros nove meses deste ano em comparação ao mesmo período de 2022, impulsionados principalmente pela Alemanha, com crescimento de 43%.
A AMC Entertainment Holdings, que produz o filme sobre a Tour, também viu suas ações despencaram 3,63% neste pregão.