O Banco Central (BC) elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 1,7% para 2,7% na edição de setembro do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Para 2023, o BC manteve a previsão de crescimento de 1%.
Segundo o relatório, o ambiente externo mantémse adverso e volátil, com contínuas revisões negativas para o crescimento das principais economias, em especial para a China.
“Os dados recentemente divulgados reforçam a visão de que o mercado de trabalho americano, assim como de outras economias avançadas, segue aquecido. No entanto, a reversão de políticas contracíclicas nas principais economias, a continuidade da Guerra na Ucrânia, com suas consequências sobre o fornecimento de gás natural para a Europa, e a manutenção da política de combate à Covid19 na China reforçam uma perspectiva de desaceleração do crescimento global nos próximos trimestres”, aponta o relatório do BC.
Conforme o documento, o ambiente inflacionário segue desafiador. “Observase uma normalização incipiente nas cadeias de suprimento e uma acomodação nos preços das principais commodities no período recente, o que deve levar a uma moderação nas pressões inflacionárias globais ligadas a bens. Por outro lado, o baixo grau de ociosidade do mercado de trabalho em economias avançadas sugere que pressões inflacionárias no setor de serviços podem demorar a se dissipar”.
Em relação à atividade econômica brasileira, dados divulgados desde o último Relatório de Inflação mostraram crescimento no segundo trimestre mais expressivo do que se projetava. A evolução dos indicadores mensais e o efeito esperado dos estímulos fiscais recentemente aprovados também sugerem que o terceiro trimestre deve ser mais positivo do que esperado anteriormente.
Dylan Della Pasqua / Agência CMA
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