As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em leve alta nesta quarta-feira (28), com as eleições no radar do mercado e volatilidade no mercado externo.
Segundo Ivonsir Coelho, trader da mesa de renda fixa da Alta Vista Investimentos, há um fluxo muito forte nos EUA, dadas as incertezas externas, mas também um início de fechamento da curva de juros no país, com a percepção de fim do ciclo de alta da Selic.
O principal risco neste momento é a eleição. As políticas monetárias de todos os candidatos ainda estão muito indefinidas e isso pode afetar muito a nossa taxa de juros, afirmou.
Em uma semana de desempenho fraco, a Bolsa opera lateralizada, sem direção definida, descolada de Nova York, em meio à proximidade do pleito eleitoral do dia 2 de outubro, que normalmente traz volatilidade ao mercado de ações. Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital, comentou que a última semana antes do pleito eleitoral gera instabilidade no mercado de ações.
O dólar acelerou o ritmo de queda, mas ainda está volátil. A preocupação com a economia do Reino Unido e a aproximação das eleições brasileiras, que ocorrem no domingo, seguem dando o tom da semana. O ambiente desta quarta, contudo, é de menor aversão ao risco e de tímida correção do real. Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “a dinâmica do mercado está atrelada ao Reino Unido, com maior volatilidade por lá”.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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