As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta neste início de semana, acompanhando o mau humor externo e temor inflacionário.
Segundo a XP, em relatório, o destaque continua sendo a política monetária nos Estados Unidos, com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e a divulgação do índice de inflação preferido pelo Fed, o deflator dos gastos com consumo, que devem dar o tom para o mercado.
A Bolsa cai quase 2% acompanhando a elevação das taxas de contratos futuros (DIs) aqui no Brasil mediante a alta dos títulos do governo do Reino Unidos e os papéis do tesouro norte-americanos- treasuries. O cenário econômico mais difícil na Europa e os juros nos Estados Unidos podendo estender por um período mais longo deixa o investidor apreensivo. Os destaques negativo na Bolsa ficam para as ações do setor financeiro e construção civil. “A queda dos bancos pode ser uma questão técnica por conta que subiu muito no curto prazo”, disse Marco Noernberg, líder de renda variável da Manchester Investimentos.
O dólar segue em sólida alta. Isso é reflexo do clima de forte aversão global ao risco, que é reforçado pelas incertezas econômicas que envolvem Estados Unidos e, especialmente, a Europa. De acordo com o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “a Europa é mais engessada que os Estados Unidos, já que as decisões são tomadas em bloco e nem sempre surtem o efeito desejado”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 109.505 pontos (-1,99%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,3940 (+2,78%)
DI JAN 2023: 13,695% (+0,10%)
DI JAN 2027: 11,650% (+2,37%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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