Após a vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais da Argentina na noite de ontem (19), na manhã desta segunda-feira (20), o ARGT, principal fundo argentino negociado em bolsa (ETF), chegou a subir 14% no pré-mercado de Nova York. O fundo representa o índice MSCI, espécie de Ibovespa da Argentina.
Vale ressaltar que o mercado local dos ‘hermanos’ está fechado hoje devido ao feriado nacional, por isso não há dados locais.
Enquanto isso, os ADRs da petroleira estatal, YPF, dispararam em até 23% na NYSE (Bolsa de Nova York), empresa que Milei pretende privatizar ao decorrer de seu mandato.
Já o Global 30, principal título de referência para a renda fixa Argentina, subiu 4,38% nas primeiras horas do dia.
Agora, de olho no mercado acionário na Nasdaq e na bolsa nova-iorquina, as principais altas relacionadas à Argentina, são:
Bancos
- BBVA Banco Francês: +14,51%
- Grupo Financeiro Galiza: +15,20%
- Grupo Supervielle: +15,27%
- Banco Macro: +15,56%
Petróleo e Gás e Energéticas
- Édenor: +8,70%
- Porto Central: +13,47%
- YPF: +23,49%
- Energia Vista: +11,25
- Transportadora de Gás do Sul: +12,72%
- Pampa Energia: +10,90%
As cotações são de 11h.
As propostas de Milei
O economista Javier Milei (La Libertad Avanza), superou no segundo turno o atual ministro da economia, Sergio Massa (Union por la Patria), que havia sido o vencedor na primeira etapa da disputa.
Dentre os principais pilares na campanha do liberal, estão as promessas de dolarização da economia do país e o fechamento do Banco Central.
Segundo o partido do próximo presidente, em primeiro lugar, será trabalhado um corte significativo nas despesas públicas e numa reforma para reduzir os impostos.
Durante seus comícios, o ultradireitista aparecia empunhando uma motoserra, demonstrando que pretende cortar drasticamente os gastos do governo, dentre eles, está nos planos extinguir mais da metade dos ministérios, sobrando apenas 8.
Milei enfrentará um cenário desafiador para melhorar a economia do país, já que hoje, a Argentina sofre com inflação acumulada de aproximadamente 120% no ano e com pouco mais de 40% da população dentro da linha da pobreza, segundo dados recentes do governo.
Imagem: Marcos Gomez / AG La Plata