Na última semana de setembro, o Ibovespa futuro tem mais um dia de queda seguindo o mau humor externo e a Bolsa deve abrir em queda com os investidores preocupados com o crescimento global em um cenário de a alta de juros e inflação caem e o dólar sobe.
Por aqui, a semana é agitada com vários indicadores, como Indice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), números do Caged, Pnad Contínua e amanhã (27) ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). E no domingo já será o primeiro turno das eleições em que dia 29 termina a propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão.
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam para quinta-feira (29) o PCE, índice de inflação que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) acompanha de perto, além de falas de presidentes do Fed ao longo da semana.
No radar do mercado, está a situação da Europa. Na Itália a extrema direita ganhou as eleições, com a vitória de Giorgia Meloni, que deve ser primeira-ministra italiana, agradando o mercado.
No Reino Unido, a libra esterlina cai no menor patamar da série histórica ante ao dólar após anúncio do governo em prol do crescimento da atividade econômica, mas castigando o mercado de renda variável.
Às 9h50 (horário de Brasília, o Ibovespa futuro com vencimento em outubro caía 0,62%, aos 111.585 pontos. Os futuros norte-americanos tinham queda e as bolsas europeias operavam mistas. Na Ásia, as bolsas fecharam no negativo.
Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital, disse que a semana começa novamente agitada com o mau humor no mundo acaba contagiando o Brasil e a Bolsa deve abrir em queda.
“A Bolsa deve ficar meio pressionada na semana com preocupação com crescimento global que vem impactando as commodities e estamos na semana que antecede as eleições, o que acaba trazendo pressão aqui, por mais que as pesquisas estejam consolidadas e os dois candidatos que estão à frente devem seguir a política econômica nos últimos anos, mas o clima de incerteza deve permanecer
Soraia Budaibes / Agência CMA
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