Os juros futuros apresentaram um movimento descendente pelo terceiro dia consecutivo, encerrando a semana com alívio nos prêmios em relação à sexta-feira (17) anterior. A dinâmica do mercado foi impulsionada pela agenda doméstica, relegando o cenário externo para um segundo plano.
Impacto do IBC-Br e variação das taxas
O resultado abaixo do esperado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de setembro reforçou a ideia de desaceleração da atividade no terceiro trimestre, influenciando as taxas de juros. A queda do IBC-Br consolidou a percepção de desaceleração e proporcionou confiança para assumir riscos.
Taxas e desempenho semanal
As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para diferentes prazos apresentaram redução ao longo da semana, cedendo cerca de 30 pontos. O movimento desafiou a alta nos preços do petróleo e a desvalorização cambial, mantendo-se em baixa apesar da oscilação nos Treasuries.
Expectativas e comentários do Banco Central
A queda do IBC-Br teve impacto significativo no mercado, gerando preocupações quanto à inflação. Contudo, essa desaceleração não alterou a perspectiva de manutenção do ritmo de cortes da Selic, apontando para ajustes graduais nas próximas reuniões do Banco Central.
Posicionamento do Banco Central
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, evitou projeções detalhadas sobre o orçamento, salientando que uma interpretação equivocada poderia comprometer a credibilidade. Campos Neto enfatizou a manutenção do campo restritivo para a Selic, destacando a incerteza do cenário atual.
Análise de especialistas e expectativas
Economistas e especialistas apontam que o IBC-Br evidencia uma desaceleração já esperada, mantendo as projeções para o crescimento da economia em 2023 e 2024. A semana foi encerrada com uma perspectiva positiva, refletindo a contenção da inflação e a atuação dos mercados tanto no Brasil quanto nos EUA.
Com informações do Broadcast
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