As bolsas europeias encerraram o pregão em alta, impulsionadas por indicadores econômicos desfavoráveis que reforçam a possibilidade de os bancos centrais locais manterem suas políticas de juros inalteradas. Mesmo com declarações de banqueiros centrais apontando para a manutenção de políticas monetárias restritivas, as expectativas de medidas mais brandas predominaram.
- FTSE 100 (Londres): encerrou com um aumento de 1,26%, totalizando 7.504,25 pontos;
- DAX (Frankfurt): cresceu 0,84%, alcançando os 15.919,16 pontos;
- CAC 40 (Paris): avançou 0,91%, atingindo os 7.233,91 pontos;
- FTSE MIB (Milão): ganhou 0,82%, registrando 29.498,43 pontos;
- Ibex 35 (Madri): apresentou um ganho de 0,97%, chegando aos 9.761,40 pontos;
- PSI 20 (Lisboa): subiu 0,53%, atingindo os 6.280,56 pontos.
Madrid alcança níveis de três anos com reeleição de Pedro Sánchez
O mercado acionário de Madri se destacou, atingindo patamares significativos após a reeleição de Pedro Sánchez como primeiro-ministro, alcançando os maiores níveis em mais de três anos.
A inflação anual na zona do euro desacelerou consideravelmente em outubro, atingindo 2,9%, de acordo com os dados finais da Eurostat. Especialistas da Oxford Economics preveem que essa tendência de desaceleração persistirá, levando o índice de preços a um avanço abaixo de 2% ao ano, aproximadamente no terceiro trimestre de 2024.
Embora os números indiquem essa trajetória, membros do Banco Central Europeu (BCE) mantiveram uma postura cautelosa. Robert Holzmann, um dos dirigentes, afirmou que não haverá redução das taxas de juros no segundo trimestre do próximo ano, desmentindo as expectativas de mercado reportadas pela Bloomberg. A posição do BCE continua a defender que as taxas de juros devem permanecer restritivas para controlar a inflação até alcançar a meta de 2% ao ano.
Reino Unido
Fora da zona do euro, o FTSE 100, em Londres, encerrou com um aumento de 1,26%, totalizando 7.504,25 pontos. Destacam-se as ações da BP (+1,99%) e Shell (+2,07%), impulsionadas pelo contínuo aumento dos preços do petróleo.
As vendas no varejo do Reino Unido apresentaram uma queda maior do que o esperado em outubro, indicando uma desaceleração econômica no continente. Esta tendência fez com que os investidores deixassem em segundo plano as declarações do vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Dave Ramsden, que não descarta a possibilidade de aumentar os juros no futuro.
Com informações do Broadcast
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