A inflação medida pelo Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M), conhecida como a “inflação do aluguel”, registrou alta de 0,17% na segunda prévia de janeiro, desacelerando frente aos 0,99% do mesmo período de dezembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (21) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O movimento é positivo para os locatários, já que o indicador é utilizado como referência para reajustes de contratos de aluguel.
Segundo o economista da FGV, André Braz, a prévia sinaliza que o IGP-M completo de janeiro pode encerrar o mês abaixo de 0,50%. Em dezembro, o indicador subiu 0,94%. “Realmente a inflação perdeu um fôlego nessa segunda prévia”, disse ele.
Desempenho dos componentes do IGP-M
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que responde por 60% da composição do IGP-M, subiu 0,10% na segunda prévia de janeiro, desacelerando em relação à alta de 1,32% na mesma leitura do mês anterior.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), com peso de 30% no índice geral, apresentou avanço de 0,13%, contra estabilidade registrada na mesma prévia de dezembro.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), que representa 10% do IGP-M, subiu 0,79% na segunda prévia de janeiro, acelerando em relação à alta de 0,46% na leitura anterior.
Impacto da inflação de aluguel
A desaceleração do IGP-M reflete, em grande parte, a redução no ritmo de alta dos preços no atacado, representados pelo IPA-M. Esse movimento pode aliviar reajustes de contratos de aluguel e trazer impacto positivo para os consumidores.
Enquanto isso, o avanço do INCC-M aponta para uma pressão nos custos da construção, fator relevante para o setor imobiliário e obras em andamento.
Em dezembro, o índice subiu 0,94%, desacelerando na comparação com o mês anterior, quando registrou alta de 1,30%. Em 2024, o IGP-M encerrou o ano com uma alta acumulada de 6,54%.









